Plano de Ações Climáticas de Manaus conta com apoio do setor da construção civil
Sinduscon-AM confia que o termo assinado pela Prefeitura de Manaus e Ipam contribuirá para a melhoria da qualidade de vida da população local
A Prefeitura de Manaus e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) assinaram um Termo de Cooperação Técnica para a elaboração do Plano de Ações Climáticas da capital amazonense, nesta sexta-feira (26), durante o 1º fórum “Manaus e os Desafios do Clima”.
A assinatura foi realizada pelo titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Antonio Stroski, representando o prefeito de Manaus, David Almeida, e o diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do Ipam, Eugênio Pantoja.
“Manaus não poderia ficar de fora da temática sobre mudanças climáticas, em parte por estar localizada no centro da maior floresta tropical do planeta, a floresta amazônica, e mais ainda devido aos últimos acontecimentos registrados em Manaus e que trouxeram consequências negativas sobre a vida de pessoas, como o evento ocorrido em 13 de março, que vitimou oito pessoas no bairro Jorge Teixeira”, disse o secretário Antonio Stroski.
O diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do Ipam, Eugênio Pantoja, declarou que o plano vai deixar Manaus preparada para as variações climáticas. “O Ipam tem desenvolvido um conjunto de levantamento técnico-científico para subsidiar as tomadas de decisão de gestão municipal, baseado em ciência, no sentido de contribuir para uma cidade cada vez mais resiliente e que possa efetivamente ser uma cidade que consiga se adaptar às mudanças do clima”, disse Pantoja.
Posição do Sinduscon-AM
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM0, Frank Souza, disse que o setor já está inserido nesse processo de mudança em virtude de as empresas estarem investindo em produtos e tecnologias mais eficientes e menos agressivas.
“A construção civil se alia ao desfio do plano de ações para combater as mudanças climáticas no Amazonas, em especial em Manaus. O segmento se alia aos governos federal, estadual e municipal nessa causa. Quanto menor a emissão de carbono, mais ganho para o mundo. A construção civil já não usa matéria oriunda de floresta virgem. Esse produto agora vem de áreas de replantio, de manejo. As empresas agora investem na reutilização da água”, enfatizou Frank Souza.
O presidente do Sinduscon-AM explicou ainda que a contenção dos efeitos climáticos extremos é vital para o bom andamento das obras. “As variações do clima com grandes cheias, grandes vazantes influenciam muito o setor da construção civil. Atualmente, deve-se calcular um período em que se possa trabalhar sem a interferência climática. Cuidando do meio ambiente será possível evitar essas grandes variações e as interferências no cronograma de construção”, prospectou Frank.
Segundo o representante do setor da construção civil, a redução do déficit habitacional irá contribuir diretamente para diminuir o número de desastres causados pelo desequilíbrio ambiental, intensificado pela instalação de moradias insalubres, sem segurança em locais inviáveis. “Acreditamos que o investimento num plano nacional de habitação voltado para moradias populares dignas evitará a migração da população para encostas, para áreas de risco, protegendo as pessoas e o planeta”, finalizou o presidente do Sinduscon-AM.
